Professor: A profissão do amor… Pena que nem todos percebem

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No último mês, diversos professores por todo o Brasil decretaram greve. Em Minas Gerais, por exemplo, os professores estaduais cogitam a greve, enquanto os municipais da cidade onde vivo, Juiz de Fora, já estão parados há semanas. A falta de estrutura escolar e o desrespeito ao piso e ao reajuste salarial são os principais motivos das greves. Nesse momento de fragilidade educacional no Brasil, vale a pena tirar um pouquinho do nosso tempo para refletir sobre a importância dessa profissão que muitas vezes ignoramos e esquecemos.
 
O professor nos acompanha quase desde que nascemos. É ele que nos ensina a colorir, recortar, escrever, ler, nos dá as primeiras e eternas noções de matemática, nos ajuda a entender as inacessíveis fórmulas de física e química, nos instrui sobre o mundo em geral e nos ajuda a conviver em sociedade. O professor é um dos pilares de nossa formação dentro da sociedade, depois de nossos pais, é claro. É aquele que, muitas vezes, nos incentivou a ler livros, nos ajudou fora de sala de aula a entender um exercício de vestibular, emprestou um filme para nós em casa porque faltou a aula. O professor, quase sempre, é aquele com quem você pode contar nas horas difíceis. Pena que nem todo mundo percebe a importância dessas pessoas.
 
O maior exemplo da desvalorização do profissional é quando alguém resolve fazer vestibular para História, Matemática, Geografia ou qualquer área semelhante. A questão que sempre vem à tona é “Você vai virar professor. Sabe disso né?”. Essa pergunta muitas vezes mostra como somos preconceituosos com o professor, como os brasileiros não valorizam esse emprego de vital importância para nós. Além do governo em geral, que sempre deixa a educação em segundo plano, os próprios cidadãos não entendem a importância da classe. Tenho pelo menos cinco professores na minha família, cada um dando aula para uma certa idade e, em suas conversas, percebo sempre como os pais dificultam os seus trabalhos com a superproteção e com o controle a que querem submeter seus filhos, ao mesmo tempo que deixam todo o trabalho duro para a escola. A educação social vem de casa, o educador apenas contribui para a sua evolução.
 
Professores são feitos de amor. Sei disso não porque sou professora, mas porque todo esse amor já foi redirecionado para mim. Lembro-me dos meus professores com carinho e sei que eles foram parte essencial da minha vida. Desde a Tia Lu, que me ensinou a ler e escrever; passando pela Tia Helena, que arrancou uma página do meu caderno para me ensinar o que era capricho (era a bruxa do 71 na época); pelos professores do ensino médio, que foram parte essencial da minha aprovação no vestibular; até hoje na faculdade, onde encontro professores motivados a ensinar o melhor a seus alunos. Claro, sempre há exceções, mas são a minoria.
 
Por hoje, fica meu agradecimento a essas pessoas que possuem mais que uma profissão. Elas desempenham papel fundamental na vida de cada um de nós, afinal, não estaria escrevendo esse texto, e nem vocês lendo, se não fossem nossos professores. Deixo aqui meu Obrigado, aos que já foram, são e serão professores. O Brasil precisa de vocês: não desanimem.


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