Cine Solar é exemplo de projeto que une sustentabilidade ambiental e social

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Uma ideia que surgiu em 2010, no México, em um encontro entre a Brazucah Produções e o grupo holandês World Solar Cinema deu origem, em 2013, ao Cine Solar, projeto de cinema itinerante alimentado por energia solar, unindo sustentabilidade ambiental e social.

Junto com os demais parceiros, Associação Cultural Simbora e a Semearte, as instituições prestaram apoio logístico e financeiro de maneira a viabilizar a ideia no Brasil. A Fundação Holandesa Doen, conhecida por promover a sustentabilidade, cultura e inovação social, financiou o equipamento solar do projeto, que também teve apoio das brasileiras Eudora Solar e da AgirVerde.

O “circo” é todo transportado em uma van. São três arte-educadores, placas que captam energia solar e a transformam em energia elétrica, uma bateria de armazenamento, cadeiras, tela de cinema, sistema de projeção, de som e uma mesa de DJ.

Os filmes exibidos abordam temas de três vertentes: meio ambiente e questões sociais e econômicas. A programação é focada em produções nacionais, mas os organizadores explicam que não se opõe à obras estrangeiras. “Temos uma parceria com o Green Short Film Festival, que tem uma programação de curtas-metragens ambientais de diversos países e sempre em formato digital”, diz Cynthia Alario, idealizadora e coordenadora do projeto. Entre os títulos brasileiros já exibidos estão Saneamento Básico, dirigido por Jorge Furtado, e Colegas, de Marcelo Galvão, por exemplo.

Além da exibição de filmes ao ar livre, o projeto contempla ações de sustentabilidade, como uma oficina de música orgânica, na qual os participantes reutilizam materiais para a confecção de instrumentos e outra sobre ecografite, usando técnicas do grafite com tintas e pigmentos naturais como urucum e café. Tudo animado pelas pickups de um DJ.

Um dos temas que mais despertam a curiosidade dos participantes é o funcionamento do sistema que converte a luz solar em energia elétrica. Mais do que sustentabilidade ambiental, a ação tem também um cunho social, pois leva o cinema a pessoas que nunca tiveram a oportunidade de conhecer uma sala convencional de exibição de filmes.

Além das prefeituras que solicitam a ida do Cine Solar às suas cidades, o projeto sobrevive também graças às leis de incentivo fiscal e à cultura, como ProAC e Lei Rouanet, e também a patrocínios.

O Cine Solar já percorreu cidades do interior de São Paulo, mas cidades do Nordeste, Sul e de outros estados do Sudeste estão nosplanos dos organizadores. A programação está disponível aqui.


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