Novas séries exibem nudez frontal masculina e quebram tabus

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Até pouco tempo atrás, o nu frontal masculino era uma raridade na TV, mesmo em canais "progressistas", como a HBO. Imagens de pênis apareciam ocasionalmente em episódios de Oz (1997-2003), Roma (2005-2007) e Game of Thrones. Mas o mundo está mudando e o nu masculino, virando tendência. Somente nos últimos 30 dias, duas séries ousaram com cenas em que homens aparecem pelados completamente. 

A mais "agressiva" foi The Leftovers, da HBO. Ela despiu completamente três homens em apenas dois episódios. Primeiro, mostrou um personagem masculino sendo estuprado por uma mulher, interpretada por Liv Tyler. No capítulo do último dia 1º, colocou um de seus protagonistas, o reverendo Matt Jemison (Christopher Eccleston), totalmente nu, e de frente, sobre um trailer em um acampamento. 

Reprodução/ShowTime
Reprodução/ShowTime

Em The Affair, do canal Showtime, ainda inédita no Brasil, a nudez surgiu após uma relação sexual normal. Mas foi farta. Em cartaz desde o meio do ano na Netflix, Sense8 também liberou o órgão sexual masculino. A série conectou um "sensitivo" alemão com uma indiana pela imagem falo. Embora em continentes diferentes, eles contracenaram _e ela ficou impressionada com o que viu no rapaz. 

Para Bernadette Lyra, 77 anos, escritora e doutora em cinema pela USP (Universidade de São Paulo), está havendo uma mudança de paradigma: o nu masculino está virando corriqueiro, algo que só ocorria com o feminino. "As conquistas que envolvem a sexualidade e as identidades sexuais ajudam nessa transformação", diz. 

"A nudez feminina, historicamente, foi mais exibida por uma cultura conservadora e patriarcal", explica Bernadette. "Essa cultura sempre supôs a mulher como objeto para o prazer do homem, mais disponível ao voyeurismo." 

Sarah Treem, criadora de The Affair, diz que a intenção da série foi justamente a de quebrar esse tabu cultural. "Nós não queremos que a série seja apenas sobre o corpo da mulher, somente porque ele é excitante. Nosso objetivo é manter o máximo de igualdade que pudermos", justificou no seminário da TCA (Associação dos Críticos de Televisão dos Estados Unidos), em agosto. 
 
(com informações dos site UOL)


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